Ao contrário do que
você possa imaginar, estimado leitor, o presente texto não é um encômio ao documentário homônimo (produzido unicamente com
a força do pensamento), que visava demonstrar como a física quântica pode
auxiliar na preparação de uma deliciosa paella.
Não. O presente texto pretende apenas saciar a curiosidade de nossos dois
leitores, apresentando-lhes os membros que compõem nossa redação.
Barba Ruiva – Iniciou
sua carreira no jornalismo e na pirataria sob a alcunha de Barba Negra, contudo
uma acusação de racismo, o obrigou a alterar seu epíteto para Barba Ruiva.
Trabalhou como repórter policial na extinta TV Tupi, de onde foi expulso após
acusações – nunca provadas – de pilhagem. No final da década de 80 apresentou o
saudoso talk show, Papagaio de Pirata, nas madrugadas da Rede
Globo, no qual recebia convidados do mundo da rapinagem como o perneta Long
John Silver e Paulo Maluf. Com seu estilo truculento e sanguinário, Barba Ruiva
logo abocanhou o cargo de crítico literário em nosso hebdomadário e sua coluna
é, hoje, uma das mais temidas do jornalismo cultural brasileiro.
Juanito Capote
– Filho ilegítimo de Archulus Persons (pai de Truman Capote) e Consuela Carillo,
uma mexicana que vivia ilegalmente sob a mesa de James Thurber, na The New Yorker, Juanito Carrillo, assume
aos 25 anos o sobrenome artístico do irmão famoso e torna-se editor-chefe do
boletim informativo do cartel mexicano Los
Zetas. Durante anos, Juanito alegou ter sido ele, e não o irmão, o criador do
chamado Novo Jornalismo (chegando mesmo a brigar na justiça para provar a
autoria do gênero), até que, em 2005, percebeu que criara, na verdade, uma nova
receita de guacamole. Em 2007, Juanito Capote muda-se para o Brasil e assume a
seção de astrologia da revista Caros
Amigos. Atualmente é nosso editor de política imigratória, além de
colaborar frequentemente com as revistas Fronteiras
– a revista do imigrante ilegal e Sombrero
– Revista do Mexicano Estereotipado.
Catulo –
Começou sua carreira de ilustrador desenhando pequeninos falos (certamente resquícios
de sua herança minimalista) nos banheiros da Universidade de São Paulo (USP),
instituição na qual se formou com honrarias, ao apresentar no curso de
Engenharia Cartográfica um suposto mapa da cidade perdida de Atlântida (mais tarde
se verificou tratar-se de um mapa de Atlanta, a capital do estado
norte-americana da Geórgia – a USP, no entanto, nunca desmentiu o feito de seu
aluno). Debuta no mundo da arte ao ilustrar o clássico infanto-juvenil Arnold Friedman – Memórias de um pedófilo
e, em 2008, Catulo recebeu o Prêmio Jabuti de Melhor Ilustração, por sua versão
ilustrada, destinada aos analfabetos, da Bíblia
Sagrada. Cartunista de Paliativo Estético desde sua fundação, Catulo já
teve seu trabalho exposto no MASP, no Memorial JK e no quarto da minha esposa.
Um homem de amarelo –
Um homem que passou a integrar nossa redação graças ao programa do governo
federal que garante cotas às pessoas vestidas de amarelo. Sua coluna doe.
Oscar Wilde –
Janota, homossexual e colunista de moda deste hebdomadário digital, Wilde
estreou no jornalismo apresentando, ao lado da comediante Joan Rivers, o
programa Fashion Police, no qual
satirizava as roupas das celebridades. Contudo, um gracejo do escritor irlandês
acerca das plásticas de Rivers, alterou os rumos do programa e, alguns meses
depois, o autor de Dorian Gray foi
substituído pela rotunda Kelly Osbourne. Em 1998, Oscar Wilde envolveu-se em
outro escândalo quando foi preso em um banheiro público, de Los Angeles, na
companhia do cantor George Michael. A dupla foi acusada de atentado gravíssimo
ao pudor e Wilde foi condenado a dois anos de prisão – data deste período a
publicação de uma de suas principais obras: Garganta
Profundis. Após deixar a prisão, Oscar Wilde, agora uma celebridade no
mundo GLS, assume publicamente seu namoro com Lance Bass (ex-integrante da boy band N’Sync) e passa a colaborar com
as principais revistas de moda da Europa e Estados Unidos. Buscando fugir dos
holofotes, no final de 2010, Wilde muda-se para o Brasil e torna-se um dos
principais membros de nossa redação.
Um metafísico
– Metafísico que, valendo-se de alguns axiomas, tenta provar a existência deste
hebdomadário e da audiência da TV Escola.







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